segunda-feira, 19 de maio de 2008

da poética do cotidiano

Fechada, por tempo indeterminado, para todos os tipos de balanços possíveis.

Cansada dessa correria besta, leituras fordistas em que não se consegue nem parar para ruminar o que se lê, muita informação na cachola sem tempo pra dar algum sentido ou mesmo não-sentido ao caos.

Okêi, fui eu quem procurei essa nova situação, porque eu sou uma maluca que não consegue ficar "parada" mesmo quando já tem 6.10²³ atividades. Então talvez eu devesse só respirar fundo, repetir o mantra "a vida é dura", passar a primeira marcha e caminhar mais um pouquinho. Mas eu não consigo passar de olhos fechados pelo sagrado do mundo. Diminuir essa dimensão no meu cotidiano é diminuir o que quer que se chame de "alma". E sem alma não vai, não mesmo.

O problema é que eu resisto, busco sentido, um melindre talvez, em vez de me mimetizar nas coisas que passam por mim. Falar do corpo do receptor/leitor/fruidor/ator, sentido, experiência estética por uma poética do cotidiano ao mesmo tempo em que se fala dos meios espiral do silêncio métodos de pesquisa lógica em uso reconstruída objetos discurso da perda níveis semânticos adaptação ou diálogo intertextualidades. É preciso um respiro entre tudo isso, um respiro em que se possa ter o tempo de cada imagem, em que se possa viver seus lutos, enterrar seus mortos, elaborar sua saudade, ouvir os sinais do seu corpo que não, não passa inatingível e forte por tudo.

Para tentar escutar tudo isso, ao menos aqui me permito um pouco de silêncio.

3 comentários:

Matias Monteiro disse...

eu hoje aprendi: prefiro mesmo é ver o pôr-do-sol.

Anônimo disse...

Parabéns pelo Socine!!!!
urru!!!
beijao linda!
betaball ;)

Cláudia disse...

hahahahaha!!! seisveizdeizavinteetreiz!!!! uiahiuahiauhiuahiaha A-DO-REI lembrar maca!!!

Beijão!!

Precisamos conversar!

Cláudia

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