domingo, 22 de janeiro de 2012

Set list afetiva da Bahia - É doce morrer no mar

Voltei há pouco de viagem, depois de passar onze dias incríveis e intensos na Bahia. Como boa filha de baiana, sou apaixonada por aquela terra, tão rica em material cultural e sobretudo humano. A Bahia já nos deu e nos dá muito. Além de todas as cores e sabores que me alimentaram os sentidos, para mim foi impossível andar pelas ruas de Salvador ou pela areia da praia em Morro de São Paulo sem que algumas músicas invadissem meu pensamento. Parece que tudo é musica na Bahia.

É assim: você sobre uma ladeira e logo pensa na Ladeira da Preguiça ou na Ladeira do Curuzu. Você passa pelo Pelourinho, em frente à Fundação Casa de Jorge Amado, e logo pensa que o Haiti é aqui. Caminha pela beira do cais e se lembra de Caymmi ao ver os saveiros descansando nas águas - é doce morrer no mar, cantaria um velho marítimo. E por aí vai. Foram muitas as musicas que embalaram essa minha jornada. Compartilho então com vocês minha set list afetiva da Bahia. São muitas as músicas, então vou postando um pouquinho a cada dia.

Nada mais justo que começar com Dorival Caymmi, que foi trilha sonora enquanto eu lia Mar Morto, de Jorge Amado, na beira da praia:




segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

valsa verde # 2

Enquanto corria pelas superquadras, imaginei nós dois numa valsa flutuante em meio às árvores, ainda molhadas de chuva, ao som de La Mer. Dançar sem gravidade diante das copas verde-água, verde-chuva, ver-te valsa.

valsa verde # 1

Dançávamos de mãos dadas diante de crianças, todos os olhares atentos para o pulo que parecia um pato, dezenas de meninos nos imitavam por toda a rua, com as luzes dos postes projetando milhares de patos no chão. Andamos até a escada, quando você parou e me deu passagem. Continuei andando; valsava agora com as luzes e com o que sobrara de você. Eu girava e meninos brincavam embaixo da minha saia, cada um pendurado em um carrossel de tecido. Viramos uma sombrinha perdida a nos proteger de chuvas. Um guarda-chuva verde, esquecido, na rua de patos.

18 dias no Japão

Foram 18 dias de sonho e muitas caminhadas pelo Japão. Começamos por Tokyo, onde ficamos por 4 dias. A ideia era entrarmos em contato com c...