sexta-feira, 5 de maio de 2017

18 dias no Japão

Foram 18 dias de sonho e muitas caminhadas pelo Japão. Começamos por Tokyo, onde ficamos por 4 dias. A ideia era entrarmos em contato com calma com a cultura japonesa antes de partir para as outras cidades.
Tolinhos, tsc tsc. Tokyo não combina com calma. A aproximação virou um mergulho e fomos fagocitados pela megalópole que não pára, cheia de gente, pressa e letreiros de neon. Tokyo é São Paulo elevada à décima potência. Cochila no ponto pra ver! Há tanta gente que até o fluxo dos pedestres é ordenado: quem vai anda pela esquerda. Quem vem, pela direita. Bom, quem vai e quem vem é relativo, mas vocês entenderam! ;)
Ficamos em Shinjuku, bem naquela atmosfera Lost in Translation. Aliás, muitas locações do filme eram por ali. É bacana ver que os japoneses usam muito a bicicleta como meio de transporte. Mas nada se compara ao metrô e ao trem, verdadeiras instituições do país. As crianças brincam com modernos trenzinhos, o que mostra o orgulho que eles têm do Shinkansen, o famoso trem bala.
Visitamos Harajuku, o bairro conhecido por concentrar os adeptos do cosplay; a Shibuya Station, onde fica a estátua do cachorro que ficou por anos na estação esperando seu dono e que até virou filme; o cruzamento mais populoso do mundo, que é o Shibuya Crossing. Vimos Tokyo do alto e um Monte Fuji encoberto a partir do prédio da Prefeitura. Comemos sashimi feito na hora de um peixe pescado pelo João. Fomos a um parque cheio de cerejeiras no auge de sua beleza. Nos perdemos em estações de metrô gigantescas, verdadeiras cidades debaixo da terra.
Tokyo foi nossa chegada e também de onde partimos depois de passarmos por Kyoto, Osaka, Nara, Kobe e Hiroshima. Voltamos um dia antes do nosso vôo só para levarmos o Lipe para conhecer a Disney e abraçar o Mickey. Sonho realizado. Depois de muitas aventuras e de voltarmos a ser crianças, voltamos a Manila. Aqui, na nossa casa, vamos nutrindo os sonhos da próxima jornada.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Patins


Dia 1

Método: 45 minutos de patins na área comum do prédio. Pista lisa. Ir e voltar da pilastra à espreguiçadeira até conseguir me equilibrar. Sentir o peso do corpo e suas formas de estar no espaço. Observar a relação entre movimento e velocidade. Inevitavelmente, esbarrar com o medo. Mergulhar nas memórias de infância. Aceitar o desamparo, seja do chão ou do coração. Prosseguir, apesar de. Repetir o percurso até que os patins virem os próprios pés. Fazer a curva mesmo que a queda esteja no horizonte. Sentir o vento no rosto. Observar os fluxos entre automatizar o movimento e ter consciência de cada gesto. Saber que amanhã vai ser melhor.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Este é um amor antigo

Minha mente, após a morte do meu pai, tem sido como um computador com mil janelas abertas. Ao mesmo tempo, como um barco à deriva. Perdi a conta exatamente do calendário. Não sei se hoje é terça ou sexta, se 7 ou 15 de fevereiro. É como se eu apenas passasse pelos dias.

Arnaldo Antunes não me sai da cabeça.

Socorro, alguma rua que me dê sentido!

Parece que não aconteceu, que não é real. A qualquer volta ao Brasil, ele vai me chamar de ciganinha, marejar os olhos e falar o quanto me acha corajosa por ir atrás das minhas paixões.

Por que demoramos tanto?

A vida tem lá seus mistérios. Por muito tempo, ele foi uma agenda da escola feita no Dia dos Pais, uma agenda que nunca entreguei, e que dizia: "este é um amor antigo". Por muito tempo, foi um amor sem vocativo. Eu não sabia como chamá-lo. Simplesmente não havia nome que desse conta daquela falta.

Mas soubemos alterar a rota de navegação e começar uma nova história. Curativos onde era necessário, nos demos as mãos.

Nunca é tarde para o amor. Nunca é tarde.

18 dias no Japão

Foram 18 dias de sonho e muitas caminhadas pelo Japão. Começamos por Tokyo, onde ficamos por 4 dias. A ideia era entrarmos em contato com c...