terça-feira, 13 de agosto de 2013
Quando tudo é certeiro e fatal
Tem dias em que o mundo todo me dói. Não me cabe. Tudo me atravessa e é muito: o vendedor de balas no sinal, as crianças da rodoviária, o sol duro das mesmas manhãs, o trânsito, os vazios nossos de cada dia. O abandono dos lugares. As paredes descascadas, o mato alto, as histórias que já foram e as que nunca ou ainda serão. Tudo está aí o tempo todo. Há dias em que simplesmente passo. As coisas passam, de raspão. Há outros em que tudo é certeiro e fatal.
Você se arrepende de ter feito jornalismo?
Outro dia, minha amiga e companheira de trabalho Andréa Xavier me perguntou se eu me arrependia de ter feito jornalismo. Eu parei pra pensar e disse que não. Minha resposta, segundo ela, foi bem "fantástico mundo de Dany". Mas juro que é sincera!
Apesar do mercado ser uma merda, de quase não haver concurso para jornalistas, de trabalharmos feito o cão nas redações sem muitas garantias, sem vida pessoal direito, com plantões e sujeitos a "cortes" o tempo todo, eu digo que adoro ter feito jornalismo.
Porque é uma profissão que me deu ferramentas para fazer o que eu mais gosto: contar histórias. E outra coisa fundamental: estar perto de gente. O jornalismo perpassa todas as minhas outras atividades: o documentário, o cinema, a literatura, a escrita de roteiros, a fotografia....assim como essas atividades me atravessam como jornalista.
Quando eu entrei na UnB, eu tinha pavor de pedir uma informação, mesmo que por telefone. Fui até fazer teatro pra perder a timidez. Mas o que me deu mesmo o jogo de cintura necessário para a vida foi o dia-a-dia do jornalismo.
Gosto disso, de estar em contato com todo tipo de gente, de poder olhar para essas pessoas, da conversa, da entrevista. O ruim do dia-a-dia é a falta de tempo para aprofundar esses encontros, na correria de mil pautas por dia. Mas o gosto pelo "outro", pela alteridade, é algo que eu já tinha e que sem dúvidas o jornalismo me ajudou a exercitar.
Até hoje, quando vou me apresentar, digo primeiro que sou jornalista. As outras coisas que sou, também, de certa forma vêm daí. Ou talvez eu tenha buscado o jornalismo justamente por caberem em mim também todas essas coisas. Sabe-se lá. Ambos os caminhos me fazem sentido : )
Apesar do mercado ser uma merda, de quase não haver concurso para jornalistas, de trabalharmos feito o cão nas redações sem muitas garantias, sem vida pessoal direito, com plantões e sujeitos a "cortes" o tempo todo, eu digo que adoro ter feito jornalismo.
Porque é uma profissão que me deu ferramentas para fazer o que eu mais gosto: contar histórias. E outra coisa fundamental: estar perto de gente. O jornalismo perpassa todas as minhas outras atividades: o documentário, o cinema, a literatura, a escrita de roteiros, a fotografia....assim como essas atividades me atravessam como jornalista.
Quando eu entrei na UnB, eu tinha pavor de pedir uma informação, mesmo que por telefone. Fui até fazer teatro pra perder a timidez. Mas o que me deu mesmo o jogo de cintura necessário para a vida foi o dia-a-dia do jornalismo.
Gosto disso, de estar em contato com todo tipo de gente, de poder olhar para essas pessoas, da conversa, da entrevista. O ruim do dia-a-dia é a falta de tempo para aprofundar esses encontros, na correria de mil pautas por dia. Mas o gosto pelo "outro", pela alteridade, é algo que eu já tinha e que sem dúvidas o jornalismo me ajudou a exercitar.
Até hoje, quando vou me apresentar, digo primeiro que sou jornalista. As outras coisas que sou, também, de certa forma vêm daí. Ou talvez eu tenha buscado o jornalismo justamente por caberem em mim também todas essas coisas. Sabe-se lá. Ambos os caminhos me fazem sentido : )
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