Uma semana de férias e eu caí novamente para São Paulo. Não tem jeito: a cidade é gigante, caótica, rola uma overdose de informações e de sentidos, mas eu adoro isso aqui. Estou descansando, ao meu modo, enquanto caminho pelas ruas e exercito a capacidade de flanar e me perder. Também descanso vendo mil exposições interessantes, como a da Sophie Calle e do Jean Dubuffet. O ano da França no Brasil está rendendo muita coisa bacana por aqui.
Essa cidade me aguça os sentidos. Só andar por essa região da Paulista rendeu ótimas descobertas: uma padaria lindinha chamada Benjamin Abrahão, onde tomei café da manhã algumas vezes; uma kebaberia deliciosa, Kebabel, bem aqui na Augusta, que vai render um post específico de tanto que eu fui lá (viciei, minha gente, mas a comida é boa demais!!); uma casa de jazz numa vielazinha escondida, chamada Syndikat, onde os músicos incluem jazz cigano no repertório; um café com o melhor cappuccino que tomei aqui, chamado Santo Grão, nota 10 pra latte art deles. Inspiração total, sinestesia, enfim. Estou encantada, como sempre, e não me canso de descobrir novas coisas.
Agora vamos ver uma exposição do Serge Gainsbourg, que eu descobri que foi um multiartista: conhecia o lado músico, mas o homem foi tudo!! Acho que hoje rola uma festa no Sesc também, com músicos influenciados por ele...ai ai ai.
Sinto falta de uma janela com a vista que tenho aqui, onde eu pudesse sentar num meio de tarde desses e escrever vendo a cidade me ver. Até desse céu cinza eu estou gostando. Ô vida besta! Fulô acabou de chegar mostrando as compras pro Fellini Caffè. Estamos todos inspirados, é isso. Cada um na sua jornada pessoal. Igor pesquisa cursos de teatro, vamos agora ver como funciona o ingresso no CPT do Antunes Filho. Eu penso, caminho, olho, escrevo algumas coisas num caderninho e leio poesia. O artigo que eu deveria começar aqui vai ficando pra depois, enquanto eu me remonto a cada quarteirão. Porque o imaginário pulsa nas ruas, nas pichações filosófico-existenciais (o que dizer de "o amor é importante, porra!" no meio da Augusta ou de "viver dói" grafado no muro do cemitério?), no tanto de humano, demasiadamente humano, que vejo por aqui.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
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