segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Reflexões acerca da vida na era dos ansiolíticos
Na instabilidade de dias não medicados é que entro em contato com as águas profundas, um mergulho infinito sem ar sem morte sem chão. Vir a ser água, é isso e sempre foi. No sem fundo é que as idéias dançam, as cores se misturam, formam-se aquarelas de luzes inimagináveis para quem observa as águas da superfície. A estabilidade não me deixa des-esperar, mas aquieta as palavrasafetosconfusões numa pose, é isso? As palavras ficam tão em paz que não têm vontade de tirar umas as outras para dançar. E eu fico achando que estou em paz, mas estou meio morta. Havia uma pergunta, mas eu transformei em conclusão.
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