Logo, toda cultura científica deve começar, como será longamente explicado, por uma catarse intelectual e afetiva.
Gaston Bachelard, em A Formação do Espírito Científico.
Nada como ver, em uma frase, todo o seu processo interior passando feito filme curto. Desapaixonar-se, matar o objeto para afastar-se dele e haver uma nova nascitura, ser o próprio objeto, embeber-se dele, transformar uma garrafa mundana em uma garrafa já Garrafa pelo simples recorte-problema.
E eu querendo viver, estar na poesia, olhar a poesia, estar na própria verticalidade do mundo. Como Jano, entre dois rostos, a vigiar passagens tão antigas de mim. Diante do novo, a reorganização não se faz sem crise. Sigo, um olho para janelas, o outro para o caminho do pensamento científico. O coração ainda pendendo para a ausência de molduras do mundo.