Quem mora em Brasília deve estar acompanhando, há um tempo, a polêmica em torno do desfile (ou não) do Galinho. Para os que não sabem que diabo de galo é esse que desfila, trata-se do Galinho de Brasília, versão local do Galo da Madrugada, de Recife. Trocando em miúdos: um bloco de frevo que pulsa, desde que eu me entendo por gente, na comercial da 203/204 Sul. Desde criança eu vou lá com minha mãe brincar carnaval. Lembro como hoje a minha primeira sombrinha de frevo, o encantamento diante das passistas, a camiseta azul com o desenho do Galinho de 1995, que até hoje resiste no fundo de uma gaveta...lembro-me de quando a gente saia da frevança e subia para o Pizzaiolo, para comer no fim da noite. Isso quando o Pizzaiolo ainda era uma pizzaria meio boteco ali na esquina da 312. Pois. Eu ficava do lado de fora, tentando lembrar de cabeça como as passistas dançavam. Ficava ali, insistentemente tentando fazer uma tesoura. Até que eu consegui.
Anos depois, já adulta, resolvi correr atrás dessas imagens de infância e fui fazer aula de frevo. A primeira aula foi fantástica: era como se eu já soubesse fazer os passos, como se o registro deles já morasse em mim de alguma forma. Coisas que talvez seu Jung explique. É forte isso pra mim porque eu sempre fui muito indisciplinada em questões de esporte. Já tentei natação, basquete, jazz, dança do ventre, ritmos, hidroginástica, kung fu, tai chi, etc, etc. E o frevo, quem diria, foi o único em que eu fiquei. Fiquei porque ele já estava em mim, sempre esteve, acredito muito nisso. Já são mais de cinco anos frevando. Não sou nenhuma passista pernambucana, vá lá, mas o que importa é que, quando danço, eu me sinto 100% conectada com alguma coisa muito forte e antiga, talvez aquilo que chamamos alma (continua...)
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Um comentário:
Dany! Nem sei se lembra de mim. Lembra de um Rafael que era seu vizinho no Guará II, na 19? Pois então, sou eu! Encontrei seu orkut, mas não consegui adicioná-la! Adicione-me lá!
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=8812756358271660319
Besos!
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